
Nenhum assunto volta mais à tona que o do desaparecimento das rolhas, da sua substituição por sintéticas, ou metálicas, ou de vidro ou screwcap: a tampa de rosca. Randal Grahm, o irreverente e engraçadissímo produtor de Bonny Doon fez o enterro simbólico de M.Thierry Bouchon, uns anos atrás, um nome fictício para a velha cortiça. E a rolha persiste e com ela o saca-rolhas. Mas agora um querido produtor do Loire, o Domaine de Baumard, com seu Savennières dentre meus amigos mais estimados, adotou a rosca. Neste caso não é um produtor comum, nenhum mega-industrial australiano, mas um refinado vinho branco longevo do Loire. Caso de se perder o requebrado, ou com a desculpa pela forma baixa de humor, o trocadilho: perder a rosca.
(a imagem é do melhor produtor de screwcap do mundo: Stelvin)