18.1.06
Quanto mais simples melhor
Quanto mais simples melhor.
Há certas coisas que já estão prontas e a simples adição do que seja tem que ser muito planejada e com muita moderação para não desequilibrar a perfeição. As ostras, por exemplo, dispensam quase tudo, exceto um suspiro, uma garoa delicada de limão. E o foie gras. Por isto damos duas receitas em que o produto é praticamente comido in natura.
Confit de foie gras
Como um fígado inteiro é generoso, pode ser usado para a receita acima e depois transformado em confit, para que a sobra seja conservada. Um confit nada mais é que uma carne cozida lentamente em gordura. Basta mergulhar o foie em gordura (de pato ou ganso) e levá-lo ao fogo baixíssimo, em banho-maria. A temperatura nunca deve ser alta, o limite sendo o calor que ainda conseguimos suportar com nossa mão nua. O foie irá também perder uma parte de sua gordura no processo. Com um palito se pode testar o interior da peça. Se já estiver cozido, sem sangue algum, está pronto. Deixa-se esfriar e guarda-se na própria gordura que o envolve. Isto faz com que dure mais, processo velho conhecido no interior da França (e do Brasil), em locais onde não havia geladeiras. No dia e hora de comer basta aquecê-lo delicadamente e utilizá-lo em alguma preparação culinária.